Além de apoio à redução do ICMS, PBMA defende
estímulo
para que empresas subsidiem medicamentos à
população
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de
São Paulo (Sindusfarma) vai apresentar ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma
proposta pela redução da alíquota de ICMS dos medicamentos de 18% para 12%. Além
de a medida contribuir para manter os laboratórios farmacêuticos no Estado (mais
de 50 fecharam as portas entre 2007 e 2011), o preço dos remédios nas
prateleiras das farmácias sofreria uma baixa, facilitando a compra pela
população. No entanto, para Fabio Hansen, diretor da PBMA – Associação
Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em
Medicamentos), embora a isenção da carga tributária ajude, ela não resolverá
sozinha o problema da dificuldade de acesso aos medicamentos.
“A questão principal está no pagador. Se este pagador for o
próprio paciente, uma pequena redução no valor do medicamento não será
determinante para a compra, porque o maior problema está na falta de poder
aquisitivo da população”, diz Hansen. “Vejo que, para enriquecer essa ação do
Sindusfarma, é necessário também abordar uma forma de estímulo para que o setor
privado possa vir a ocupar o papel de pagador”, completa o diretor da PBMA. Para
ele, a exemplo do que já acontece em outros países, é necessário incentivo para
que empresas passem a custear o medicamento prescrito pelos médicos.
Segundo pesquisa realizada pela associação, 87% dos empregadores
subsidiariam medicamentos aos seus funcionários se houvesse incentivo fiscal por
parte do Governo, sabendo da possibilidade de deduzir o custo do benefício
concedido da base de cálculo do Imposto de Renda. Ou seja, enquanto a isenção do
ICMS pode reduzir o preço do medicamento a até 12%, o incentivo fiscal aos
empregadores fomentaria a prática de subsídio, podendo reduzir o custo dos
remédios praticamente pela metade - já que a média do subsídio oferecido pelas
empresas no Brasil é de, aproximadamente, 50%.
Hoje, de acordo com a PBMA, pouco mais de 2 milhões de pessoas
no Brasil já recebem algum tipo de subsídio para a compra de medicamentos das
empresas onde trabalham. Petrobras, Unilever, Nestlé, Oi e IBM estão entre
alguns exemplos de empresas que já aderiram ao PBM. No entanto, ainda é um
número pouco expressivo, se comparado aos Estados Unidos, por exemplo, onde mais
de 200 milhões recebem este benefício. “Mas acreditamos que, com a difusão do
conceito por aqui, este número cresça consideravelmente em poucos anos”, destaca
Hansen.
Por fim, a empresa também se beneficia por ter funcionários mais
saudáveis. “Com essa contribuição, os funcionários têm mais chances de seguir
corretamente o tratamento, reduzindo o nível de absenteísmo e aumentando a
produtividade. O funcionário saudável rende mais e falta menos”, conclui o
diretor da associação. Por outro lado, a empresa diminui os índices de
sinistralidade e também os custos com saúde.
Sobre a PBMA - A Associação Brasileira das Empresas
Operadoras de PBM foi criada em 2011 pelas quatro maiores empresas do setor:
ePharma, Funcional, Orizon e Vidalink. Aqui na Brasil, o PBM (Programa de
Benefício em Medicamentos) passou a ser difundido há, aproximadamente, 12 anos.
Mas o conceito surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, onde já existem
atualmente 200 milhões de beneficiários. Originalmente, PBM é a sigla para
Pharmacy Benefit Management.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe squi seu recado.
Agradecemos sua visita.
esperamos ter ajudado
Envie o seu trabalho para postarmos no blog
Obrigada pela visita