sábado, 12 de janeiro de 2013

BALANÇO SEMANAL — 07 a 11/01/2013- CNC

BALANÇO SEMANAL — 07 a 11/01/2013
 
- Conab prevê safra 2013 entre 46,98 milhões e 50,16 milhões de sacas. Segundo o CNC, a projeção deverá acabar com as especulações de que o Brasil produzirá, este ano, uma safra maior que a 2012.
 
SAFRA 2013 — O café é uma planta de ciclo longo, pois, para entrar em produção plena, leva de três a quatro anos. Portanto, para não incorrermos em erro de avaliação sobre um mercado remunerativo ou com preços deprimidos, devemos buscar informações sobre como está o equilíbrio entre oferta e demanda, evitando, dessa forma, cometer o equívoco de ingressar na cultura de um produto sem possibilidade de lucratividade.
 
O Conselho Nacional do Café tem orientado os produtores sobre esse risco de expandir a área cultivada, ainda mais quando se estreita o ciclo de bienalidade em razão do uso de tecnologia, gerando melhoria dos tratos culturais, renovação do parque cafeeiro com melhor espaçamento entre plantas e variedades mais produtivas, resistentes a pragas e doenças e a adversidades climáticas.
 
A aproximação de uma safra menor com uma de maior produção significa aumento da oferta ao mercado consumidor, daí a necessidade de reavaliarmos o nosso planejamento. Atualmente, a produção de café no Brasil é compatível com o consumo no mercado interno e a exportação e vamos manter este quadro para garantir renda para a nossa atividade.
 
Essa menção se faz necessária em função da divulgação da primeira estimativa de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o café em 2013, cuja produção deverá se situar entre 46,98 milhões e 50,16 milhões de sacas. Com base no que temos apurado junto às regiões produtoras, em especial no Estado de Minas Gerais, acreditamos que os números iniciais da estatal condizem com a realidade, haja vista que muitas lavouras foram renovadas (nos últimos três a quatro anos) com essas variedades melhoradas do ponto de vista fitossanitário, além de terem sido replantadas com espaçamentos menores, o que, por conseguinte, amplia a capacidade de produção por hectare sem aumentar a área dedi cada ao cultivo.
 
O fato de o governo ter projetado a safra 2013 nesse intervalo deve acabar, de uma vez, com as especulações de que colheremos mais café na temporada 2013 do que o que foi produzido no ano passado. Também cremos que a safra deste ano deverá ficar, no máximo, dentro desse intervalo, pois é válido salientar que a Conab ainda não levou em consideração virtuais perdas (de rendimento e/ou qualidade) que as condições climáticas geraram, haja vista que este estudo de campo foi realizado no começo de dezembro.
 
Além disso, de acordo com Gil Barabach, analista da consultoria Safras, em entrevista concedida nesta semana, o mercado já deve ter assimilado a próxima safra brasileira, principalmente porque os números da Companhia não fugiram muito de outras previsões.
 
MERCADO — O mercado, de fato, já se precificou em relação ao tamanho da safra 2013 no Brasil. Nesta semana em que foi realizado o anúncio da primeira estimativa oficial para a produção nacional, os contratos futuros do grão voltaram a registrar fortes oscilações na bolsa de Nova York, porém encerraram com ganhos frente ao fechamento da sexta-feira passada.
 
O CNC recorda que, com as medidas governamentais que serão tomadas, o produtor não terá a necessidade de ir ao mercado vender de imediato, a menos que ocorra uma reação nas cotações, pois os débitos serão prorrogados e, havendo necessidade, serão implantados programas para a sustentação dos preços.
 
Dessa maneira, mantemos a orientação para que o cafeicultor brasileiro volte à comercialização de seu produto somente quando o mercado oferecer valores remunerativos, os quais cubram os custos de produção e gerem rentabilidade.
 
Atenciosamente,
 
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
 

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