segunda-feira, 25 de junho de 2012

No mercado, avanço da colheita pressiona cotações


BALANÇO SEMANAL – 11 a 15/06/2012
Semana marca início da liberação dos recursos do Funcafé e definições sobre o planejamento estratégico para o setor; No mercado, avanço da colheita pressiona cotações
LIBERAÇÂO DE RECURSOS DO FUNCAFÉ – Iniciamos a semana nos reunindo com o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles. No encontro, cobramos a imediata liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para os produtores, em especial os destinados a um melhor ordenamento das vendas da safra 2012. Obtivemos a resposta do secretário que isso ocorreria até, no máximo, o fim da semana. O compromisso foi honrado um dia depois, quando o Diário Oficial da União publicou os primeiros agentes financeiros credenciados que já estavam com a verba d isponível para os cafeicultores.
PLANO ESTRATÉGICO – Ainda no encontro com Fontelles, abordamos o planejamento estratégico para o setor, haja vista que é muito positivo o fato de o Governo ter aberto espaço para participarmos da elaboração das políticas públicas para a cafeicultura nacional. O material, elaborado pelo CNC em parceria com a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) está em processo de finalização e será entregue no dia 18. Um ponto de destaque é que este planejamento, pela primeira vez, será anunciado pela Presidente Dil ma Rousseff junto ao Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, após o término da Rio+20, em data ainda a ser determinada.
EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE MOTORISTA – Na reunião desta semana da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), além da continuidade do debate sobre os direcionamentos a serem adotados em relação ao Código Florestal e ao Trabalho Escravo, foi abordada a Lei nº 12.619, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e está prevista para entrar em vigor no próximo dia 18. Entre outros pontos, o texto implica que esses profissionais tenhamduração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a reduçã ;o da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Segundo cálculos iniciais apresentados pelas entidades que compõem a FPA, dentre as quais está incluído o CNC, a vigência desta lei aumentará os valores dos fretes entre 38% e 44%, além de ampliar o tempo de entrega das cargas. A ideia da Frente é convocar uma audiência pública para tratar da matéria, uma vez que este é um assunto delicado, pois necessitamos melhorar as condições vistas nas estradas e rodovias brasileiras, porém sem comprometer sobremaneira os custos dos elos envolvidos.
ANÁLISE DE MERCADO – A safra 2012 de café no Brasil está em fase inicial, com a colheita avançando no cinturão produtor, muito embora os problemas climáticos, como as chuvas, tem retardado os trabalhos de cata e comprometido a qualidade do produto. Enquanto isso, as incertezas no cenário global continuam, com as tensões políticas na Grécia somando-se aos problemas do sistema bancário espanhol.
Apesar de acreditarmos que parte importante da correção de preços das commodities já aconteceu, é provável que o mercado continue especulativo ainda até agosto, quando os agentes voltarão sua atenção para o primeiro levantamento oficial da safra 2013, que será divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em setembro. Além do fato da safra seguinte ser de bienalidade baixa, ela também poderá sofrer algum impacto dos efeitos da estiagem ocorrida no início deste ano e do recente excesso de chuvas, fator este que deverá alterar a formação floral.
Somado a esse prognóstico, temos a continuidade dos fundamentos de mercado em terreno positivo, com baixos estoques globais e consumo vigoroso nos países emergentes. De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), a relação anual de estoques versus consumo está atualmente em 13%, bem abaixo da média verificada nos últimos 20 anos, que é de 38%. Além disso, as perspectivas são de que a produção mundial nos próximos dois anos não gerará novos excedentes no mercado.
Esses pontos nos levam a crer que, a partir do segundo semestre do ano, as cotações do café devem voltar a se recuperar. O CNC, a Comissão Nacional do Café da CNA e a OCB, junto com lideranças das principais cooperativas, estão elaborando propostas que visam a acelerar a concessão de crédito de estocagem, bem como proporcionar sustentação nos preços neste período de concentração de oferta. Assim, orientamos os produtores que acompanhem o andamento do mercado e aproveitem os momentos de alta para vender suas safras da melhor e mais rentável maneira possível.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

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