BALANÇO SEMANAL — 18 a 22/06/2012
- Semana foi marcada por apresentação do Plano Estratégico para o setor, em reunião realizada na Expocafé 2012; No mercado, preços sobem devido ao atraso na colheita brasileira.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – Nesta semana, tivemos a honra de realizar uma reunião ordinária do Conselho Nacional do Café dentro da programação da Expocafé 2012, em Três Pontas (MG). Na ocasião, apresentamos ao público e, em especial, aos produtores, a nova estruturação dada ao CNC, que envolve o Conselho Diretor (que representa as regiões cafeeiras do Brasil), a coordenação, a cargo de Maurício Miarelli, e a presidência executiva, pela qual respondo.
Além disso, transmitimos aos presentes as ideias componentes dn novo plano estratégico para o setor, elaborado em conjunto por Conselho Nacional do Café, Comissão Nacional do Café da CNA e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), após consulta aos representantes regionais dos cafeicultores. Dentro da proposta, abordamos temas como comercialização; formação de estoques estratégicos; gerenciamento de riscos; inteligência de mercado;tecnologias/pesquisas e o Consórcio de Pesquisa Café gerenciado pela Embrapa; projeto estruturante de promoção das diferentes origens produtoras de café no Brasil, por meio do uso dos signos distintivos; desenvolvimento de mercado; marketing; sustentabilidade; melhoria de gestão; e Legislação Trabalhista. Mais detalhes sobre esses pontos serão dados em breve.
TRABALHO ESCRAVO – Na reunião desta semana da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o trabalho escravo voltou à pauta. O foco na questão da insegurança jurídica foi abordado, recordando que o setor agropecuário não pode ficar de fora das discussões, deixando nas mãos do Ministério do Trabalho a “criação da lei” via Instrução Normativa, bem como a fiscalização e o julgamento embasados no proposto pela própria Pasta sem análise dos envolvidos no setor. Acordou-se o contato com as Confederações do Trabalho, da Indústria e da Agricultura e Pecuária para se criar um Projeto de Lei que embase uma nova legislação.
PROFISSÃO DE MOTORISTA – A Lei 12.619, que trata do exercício da profissão de motorista também foi abordada. A FPA pretende fazer acordos com o Governo para adiar a entrada em vigência do atual conteúdo, uma vez que se trata de matéria que necessita de cuidados para acabar com o sobrecarrego na carga horária desses profissionais, mas também sem onerar virtuosamente os custos dos fretes. Estudos vem sendo realizados para que se possa buscar o melhor entendimento.
CÓDIGO FLORESTAL – Em meio às reuniões e discussões na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, as tramitações referentes ao Código Florestal não poderiam ficar de fora da reunião. A FPA, da qual fazemos parte, vem mantendo contato com os relatores da matéria no Congresso Nacional, informando, em especial, que se faz importante a preservação ambiental ser sustentável junto com a renda dos produtores rurais brasileiros e, ainda, que seja mantida a responsabilidade da sociedade como um todo sobre o tema.
ANÁLISE DE MERCADO – Vimos que ascotações internacionais do caféregistraram fortes oscilações na semana, mas apresentaram ganhos no acumulado das cinco sessões. Esse movimento foi acelerado por especuladores e não por torrefadoras. Analistas e traders internacionais explicaram que a demanda da indústria permanece baixa.
O clima nas principais regiões produtoras vem prejudicando a colheita, atrasando a entrada da safra e comprometendo a qualidade. A persistir este padrão climático, o volume de café de boa qualidade será insuficiente para atender às demandas interna e externa. Apesar disso, a percepção do mercado em relação a este enorme problema deverá ser tardia, já que muitas indústrias na Europa estão reduzindo suas atividades devido ao verão no Velho Continente.
Grande parte dos industriais deverá fazer a reposição do estoque somente a partir de setembro. O problema, que ainda não está sendo considerado com a devida atenção por estes agentes, é que terão dificuldade em recompor seus estoques de cafés de boa bebida e tipo. Colabora com a nossa percepção o último relatório do Banco Macquarie divulgado nesta semana, do qual extraímos o trecho abaixo:
"Com boa cobertura, faltou nova demanda nos últimos meses e ela provavelmente permanecerá fraca por mais um mês ou dois... Talvez até o fim do terceiro trimestre, as torrefadoras precisarão estocar novamente antes do período de pico da demanda no inverno".
Com queda de mais de 30% neste ano, o café é uma das commodities que registra maior declínio em 2012. Acreditamos que, a partir de setembro, o mercado apresentará reação nos preços, com base nos fatores fundamentais de produção x consumo e, principalmente, pela restrita disponibilidade de cafés finos.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
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