domingo, 28 de abril de 2013

- Definição do novo preço mínimo para o café é adiada para segunda-feira, dia 29 de abril - cnc

BALANÇO SEMANAL — 22 a 26/04/2013
- Definição do novo preço mínimo para o café é adiada para segunda-feira, dia 29 de abril

PREÇO MÍNIMO PARA O CAFÉ — A reunião ordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para ontem, dia 25, foi adiada para a segunda-feira da próxima semana. Dessa forma, continuamos trabalhando para a aprovação de um novo preço mínimo para o café próximo à realidade dos custos de produção de nossas lavouras e aguardando a definição dos valores a serem repassados pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) às linhas de financiamento de Custeio, Colheita, Estocagem e FAC.
REAJUSTE DO PREÇO MÍNIMO X INFLAÇÃO — Nas duas últimas semanas, foram divulgadas, na mídia, críticas e preocupações quanto ao reajuste do preço mínimo do café e seu impacto na inflação brasileira, com base em argumentos infundados e que ignoram a situação de crise enfrentada pelos produtores de arábica de todo o planeta.
O reajuste do preço mínimo não significa apenas uma resposta à atual crise, mas, principalmente, a sinalização de um objetivo de longo prazo, que norteará a alocação dos recursos pelo setor produtivo. Se esse objetivo continuar abaixo do custo de produção, indicando que o produtor operará com margens negativas, teremos como consequência a anulação de investimentos e tratos culturais, o retorno de bienalidades acentuadas e retração de oferta, com impacto direto nas economias dos municípios em que a cafeicultura é um forte motor do desenvolvimento econômico e social. Ressaltamos que, apenas em Minas Gerais, o café é cultivado em aproximadamente 680 municípios.
O reajuste solicitado pelo setor produtivo visa à cobertura dos custos de produção de café, com base em levantamento realizado pelo próprio Governo, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse reajuste reflete um aumento de 30% em relação ao preço mínimo congelado desde 2009, em R$ 261,69/sc. Destacamos que esse percentual é inferior à inflação acumulada do grupo “alimentação e bebidas” do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 33% no mesmo período.
Os preços praticados atualmente no mercado do arábica estão ao redor de R$ 300/saca, ou seja, R$ 40 inferiores ao valor de referência solicitado. Um exercício teórico sobre um possível peso da alteração do preço mínimo ao consumidor final resulta que um acréscimo de R$ 40 na saca do café verde equivaleria a um aumento inferior a R$ 0,01 na xícara de café expresso. Sendo assim, há motivos para tanto alarde quanto ao aumento da inflação?
Lembramos que a crise do tomate, recentemente elevado ao status de vilão da inflação, deveu-se à forte retração de oferta desse produto, em função de um período anterior de preços pouco remuneradores aos seus agricultores e condições climáticas adversas. Por essa lógica, não socorrer a cafeicultura, que opera com remuneração abaixo dos custos, somente levará a uma retração futura de oferta de café em um cenário de crescimento anual da ordem de 4% no consumo doméstico, resultando em aumento de preço aos consumidores nas próximas temporadas. E, aí sim, o café poderá se tornar o novo vilão da inflação.
MERCADO
- As cotações internacionais do arábica e do robusta acumularam perdas até a quinta-feira. Na bolsa de Nova York, o contrato C, com vencimento em julho de 2013, recuou 580 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. A continuidade das especulações sobre o volume disponível de café no Brasil e incertezas quanto aos resultados da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
— adiada para 29 de abril — puxaram essa tendência. A forte queda do conilon no terminal londrino também tornou difícil a sustentação dos preços do arábica, com o distanciamento da arbitragem entre as bolsas.
Os contratos do robusta na Euronext Liffe, com vencimento em julho de 2013, depreciaram-se cerca de US$ 107 por tonelada, indicando realização de lucros após os elevados patamares da semana anterior. Contribuiu para esse cenário a notícia de antecipação do início do período chuvoso no Vietnã, pois os agentes de mercado especulam que a colheita poderá começar mais cedo naquele país e que as exportações serão mais elevadas no último trimestre deste ano.
Porém, as perspectivas no médio prazo para o robusta continuam de preços firmes, pois a demanda está aquecida, os estoques não têm apresentado variação positiva significativa, as exportações vietnamitas deverão cair 30,4% em abril frente ao mês anterior e a Indonésia também registra baixos volumes de embarques.
No mercado doméstico, a colheita do robusta está ganhando ritmo, mas a comercialização é pontual.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) avalia que as sacas do café colhido na safra passada estão apenas de R$ 5,00 a R$ 10,00 superiores ao valor negociado pelo produto recém-colhido. A volatilidade do mercado e a expectativa quanto às medidas a serem adotadas pelo Governo Federal no apoio à comercialização do café refletiram no fechamento de poucos negócios de ambas as variedades.

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Atenciosamente,


Dep. federal Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

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