Entenda mais sobre as causas, os sintomas e o tratamento do refluxo gastroesofágico
Se não tratada, doença pode gerar até mesmo câncer de esôfago

Mais comum do que parece, a doença do refluxo acontece quando o suco gástrico passa do estômago para o esôfago, podendo alcançar outros órgãos dos aparelhos digestivo e respiratório. Isso ocorre se a válvula que se abre para a entrada de alimentos não funciona corretamente, deixando que esse líquido extremamente ácido atinja o esôfago. Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Ricardo Minas, do Hospital São Luiz, têm maiores chances de adquirir a doença pessoas que comem rápido, dormem logo após o jantar, tomam muito líquido durante as refeições e ingerem bebidas com gás, cafeína ou alimentos ácidos.
A azia é apenas um dos vários sintomas que afetam as pessoas com a doença. “Os sintomas mais comuns são tosse crônica e crise de asma, mas o refluxo também pode causar faringite, laringite, pigarro, voz rouca, problemas dentários e até enfarto. Sem tratamento adequado, no longo prazo pode se transformar em uma esofagite ou até mesmo em câncer de esôfago”, alerta.

O tratamento pode ser clínico, mas muitos pacientes têm optado pela laparoscopia, técnica cirúrgica que estrangula a passagem do esôfago para o estômago, impedindo que o líquido estomacal retorne. “É uma cirurgia muito tranquila, de cerca de uma hora, que faz com que o refluxo desapareça já no dia seguinte em 95% dos casos, livrando o indivíduo dos medicamentos”, afirma o especialista. O paciente passa apenas uma noite no hospital e o pós-cirúrgico consiste em dieta líquida por uma semana e pastosa por um mês. Além disso, a cirurgia também ajuda a emagrecer. “Geralmente, quem tem refluxo está acima do peso. A cirurgia faz com que a pessoa perca de 5 a 10 kg e também a obriga a reeducar sua alimentação”.

O Hospital e Maternidade São Luiz disponibiliza para entrevistas o Dr. Ricardo Minas, cirurgião do aparelho digestivo.