terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MAIS UMA EMPREITADA CONTRA A DEFESA DO CIDADÃO

MAIS UMA EMPREITADA CONTRA A DEFESA DO CIDADÃO
Ralph J. Hofmann
Os Estados Unidos foram palco de mais um massacre pavoroso em que um indivíduo entrou armado em uma escola e matou 27 pessoas.
Imediatamente surgem as pessoas batalhando pela extinção do direito do cidadão portar armas, de defender-se quando necessário. Volto a este aspecto adiante.
Contudo algum cronista americano surgiu com o seguinte. Há uns 15 anos as escolas dos Estados Unidos foram declaradas zonas livres de armas de fogo. Ou seja, aluno, professor ou funcionário que transportar para dentro de uma escola uma arma sofrerá sanções extremamente vigorosas por lei. Os responsáveis pelo aluno também estão sujeitos a essas sanções.
Portanto se você é um sujeito de miolo mole que quer deixar sua marca na história como assassino em massa o primeiro local que lhe ocorre atacar é a escola. Os vigias não estão armados e no caso dos Estados Unidos ficam cheios de dedos para revistar quem quer que seja, sob pena de serem acusados de infringirem os direitos de um cidadão.
Uma vez começado o tiroteio se alguém conseguir ligar para a polícia é improvável que esta possa chegar em menos de doze minutos. Uma vez chegando, a menos que ouçam tiros não poderão invadir o terreno da escola sem ordens superiores.
Em suma um assassino tem de 20 minutos a meia hora para fazer seu estrago sem o temor de ser confrontado senão talvez por um professor de prática desportiva com um taco de beisebol.
No incidente que tivemos o ano passado no Brasil, o policial que enfrentou o assassino descontrolado se fosse policial norte-americano poderia ser processado por entrar com arma na mão na escola, apesar de haver salvo um grande número de pessoas.
Cada incidente deste tipo choca intensamente, contudo há estatísticas das Nações Unidas que  mostram que com o passar das décadas o número de incidentes baixou.
No contexto de mortes por arma de fogo os Estados Unidos têm 9 incidentes sobre cada 100 mil habitantes (um terço por suicídio). O Brasil tem acima de 19 por 100 mil habitantes. Apenas El Salvador, a Swazilândia, Jamaica, Honduras e a Colômbia têm números piores que os do Brasil.
Em Israel todo reservista leva sua arma para casa. Com ataques terroristas e tudo o fator por cem mil em Israel é de 1,86.  Os suíços também levam sua arma militar para casa. O valor é 3.5.  
No Brasil é extremamente difícil adquirir uma arma, registrá-la e portá-la. E estamos frente uma chacina de 36 a 40 mil pessoas por ano. Raramente estas mortes são de cidadãos se defendendo, donde obviamente está se desarmando os inocentes e deixando correr solta a mortandade causada por quem não se importa com a legalização de armas já que as traz por contrabando.
Há uma série de estados do Oeste e Rochosas americanas onde o porte de arma é livre, desde que seja ostensivo. Ou seja, a arma está no coldre e bem à vista. Arma oculta em coldre de ombro é motivo para prisão salve se a pessoa tiver uma licença especial. 
Por outro lado foi comprovado que pessoas legalmente armadas frustraram 60% das tentativas de assalto nos Estados Unidos, sem a necessidade de abrir fogo. As penas para quem for preso com arma de fogo num assalto são pesadas. Mais vale a fuga que o confronto. Com a penologia brasileira em que a um sexto da pena o sujeito pode sair da prisão para assaltar e albergar-se nela à noite, mais vale a pena matar quem o confrontar.
Certo, estamos todos de luto pelas famílias dos 27 mortos. Uma perícia sobre a família do assassino teria indicado que naquela residência nunca devia haver armas. Mas eu pergunto. Se alguém realmente quer cometer um assassinato e não tiver acesso a uma arma legalizada será que vai deixar de encontrar uma arama no mercado negro?
As estatísticas parecem indicar que há uma gradual formação de consciência sobre a posse de armamento nos Estados Unidos. Há alguma redução de pedidos de registro e porte. Mas e no Brasil?  Ante a violência e freqüência dos assaltos com morte. Ante a quantidade de senhoras e crianças que se vêem confrontadas pistolas e transportadas com seus carros, levadas a retirar dinheiro de caixas eletrônicos e são abandonadas em lugares ermos e muito perigosos. O que acontece senão as autoridades torcendo as mãos e depois lavando-as.   E isto considerando que o bandido pode ser menos profissional e decidir que um estupro lhe caberia bem naquele momento. O ideal não seria contar com um povo com armas portadas, com treinamento para resistir?  Não me diga que isto seria mais perigoso ainda. Falei que seria um povo com treinamento para poder portar armas.
O Brasil está sendo massacrado. Por cima pelos bandidos de colarinho vermelho (petistas de terno e gravata) e por baixo pelos pistoleiros. Fica óbvio  que os bandidos de cima não querem ver uma força de cidadãos armados que digam basta.
Experimentem dizer em voz alta: BASTA!!

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