BALANÇO SEMANAL — 1º a 04/01/2013
- Preços do café registram, na primeira semana de 2013, movimentação semelhante à do ano passado no mercado internacional.
Na primeira semana deste ano, o mercado cafeeiro repetiu o comportamento registrado em grande parte de 2012, com as cotações apresentando alta volatilidade. Após atingir a máxima de 151,95 centavos de dólar por libra peso no pregão do dia 3 de janeiro, o contrato março/2013 – o mais negociado – sofreu realizações de lucro e voltou a recuar, movimento que foi intensificado nesta sexta-feira.
Esse comportamento evidencia duas “bandas” de preços que vem sendo testadas pelo mercado nos meses recentes. Abaixo de US$ 1,45 por libra peso há um forte suporte, com ausência de produtores nestes níveis, e acima de US$ 1,52 existe uma importante resistência, onde foram notadas, nesta semana, vendas dos países produtores da América Central e dos fundos.
No Brasil, apesar de fontes do mercado apregoarem que os produtores estariam segurando suas vendas em níveis acima do normal, não é isso que se vê quando olhamos os estoques nas cooperativas. Para Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé e conselheiro diretor do CNC, os estoques da cooperativa — superiores entre 20% e 25% aos de anos antecedentes —, não evidenciam um represamento nas vendas, mas sim um volume típico para um ano em que se colheu uma safra maior.
Carlos Paulino também acredita em preços melhores neste ano. De fato, se formos olhar a relação da disponibilidade brasileira a partir da próxima safra – que se inicia em julho –, não haverá formação de excedentes. Em nível mundial, também não teremos possibilidade de aumento nos estoques. A tendência é uma relação bem ajustada entre oferta e demanda, com manutenção da média dos níveis de volumes registrados nos últimos dois anos. Desta forma, cremos que haja espaço para uma recuperação nos preços, de maneira que voltem a patamares remuneradores.
O Conselho Nacional do Café mantém sua recomendação para que os produtores aproveitem os momentos de recuperação do mercado para continuar suas vendas de forma parcelada, evitando os momentos de pressões especulativas que deprimem as cotações.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
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